11 Mai Pequeno-almoço e o peso de crianças e adolescentes
Dados provenientes de estudos observacionais levados a cabo na Europa indicam que a realização de pequeno-almoço está associada a um menor risco de excesso de peso ou obesidade e ainda a um menor Índice de Massa Corporal (IMC) em crianças e adolescentes. [ler mais]
Numa era onde a obesidade mundial está a atingir proporções epidémicas, torna-se imperativo identificar os fatores que podem estar na sua origem e progressão ao longo do tempo. Sabe-se que a componente genética desempenha um papel importante no peso corporal, mas que existem também outros fatores, nomeadamente ambientais e de natureza comportamental, que exercem uma forte influência na expressão dos genes.
A realização do pequeno-almoço, por ser a primeira refeição do dia, é vista como um comportamento-chave, quando se fala de hábitos alimentares saudáveis. Ainda assim, é bastante comum a sua ausência, sendo as seguintes, as razões apresentadas, mais frequentemente, pelas crianças e adolescentes:
1- Falta de tempo;
2- Ausência de fome de manhã;
3- Perda/controlo de peso.
Acrescente-se, ainda, que o pequeno-almoço é, mais frequentemente, eliminado do dia alimentar por:
1- Raparigas estudantes;
2- Crianças de estratos socioeconómicos baixos;
3- Adolescentes.
É de salientar a impossibilidade de estabelecer relações causais em estudos observacionais. Neste caso, em concreto, não fica provada a existência de uma sequência temporal entre a realização de pequeno-almoço e a diminuição do risco de excesso de peso ou obesidade ou a redução do IMC em crianças e adolescentes.