11 Mai Comportamento sedentário: A importância dos genes
O comportamento sedentário assume-se hoje como um fator de risco independente e poderá ser, parcialmente, explicado por fatores genéticos. [ler mais] [ler mais]
O estudo do comportamento sedentário tornou-se, recentemente, uma área independente daquela que caracteriza a visão clássica sobre a atividade física e exercício físico, uma das áreas mais interessantes para os profissionais que têm, como objetivo, a promoção de comportamentos ativos em crianças. Para além dos conhecidos benefícios para a saúde associados à participação em actividades físicas e desportivas, despender mais tempo em comportamento sedentário está, independentemente e inversamente, associado à saúde cardiovascular e a outras dimensões da saúde e pode conduzir a um menor rendimento escolar.
A quantidade de tempo que as crianças e os jovens passam em comportamento sedentário tem vindo a aumentar nos últimos anos e estudos mostram, ainda, que existe uma tendência para o seu aumento, desde as idades mais novas até ao final da adolescência. Este aumento nos níveis de comportamento sedentário é, maioritariamente, explicado por fatores contextuais, mas será que a hereditariedade e o legado genético dos pais podem desempenhar também um papel importante?
Os hábitos de atividade física e comportamento sedentário de uma criança são ditados por fatores contextuais, educacionais e pessoais. As características pessoais, mais especificamente o genótipo, são o resultado da combinação de dois genomas, o materno e o paterno. Um estudo científico concluiu o seguinte:
1 – Hereditariedade é responsável por 47% da variação nos níveis de atividade física moderada e vigorosa;
2 – Hereditariedade é responsável por 31% da variação nos níveis de comportamento sedentário;
3 – Estes resultados sugerem que existem processos biológicos inatos que podem mediar a atividade física e o comportamento sedentário dos jovens.